quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Eu sou uma avenida.

Eu sou uma avenida.

Pessoas, em minha vida, são iguais a carros. Vão e voltam, vão e voltam… Vão.

Algumas vão embora, correndo, a mil quilômetros por hora, até sumirem de vez e rapidamente. Não deixaram grandes rastros, mas foi o suficiente para marcá-las, de alguma forma, na memória. Prova disso são as marcas deixadas no asfalto… Ou então, o caso mais doloroso: existem aquelas que empacam, como se estivessem presas no engarrafamento - este, às vezes, podendo se estender por uma fila quilométrica. Quanto mais parados, mais presentes os mesmos estão – e em nosso mundoreal, podemos chamar isso de “convivência”. É criado um ninho, um afeto, um laço, até a relação cair na mesma. Depois de muito tempo, o motor é desligado; e o carro fica a mercê da espera, do desgaste, da impaciência. Até então que o caminho se abre; rapidamente, os sinais de alerta são ativados para a máquina partir. Assim também são as pessoas; quando lhes surge algo grandioso, as mesmas, lentamente, vão desaparecendo, até você não conseguir enxergar mais seus faróis. A verdade é que todas elas, um dia, partem. E se voltam, é porque precisam passar pelo mesmo caminho. Não se anime tanto – daí, o ciclo se repete… As pessoas se arrastam, se vão. Como carros n’uma avenida. Indo embora, sem dizer adeus

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! seja sempre bem vindo ao AFRO DO AMOR.